02 maio 2013

Dos óculos


Óculos em mãos, água, sabão e papel. Assim que recolheu as últimas gotas d'água das lentes, jogou o pedaço de papel pelo esgoto.
Na escrivaninha improvisada, suas palavras e pensamentos tomavam vida. O que poderia contar aquela escrivaninha?
(...)
Todos os dias, o que mais gostava e sabia fazer, era escrever. E assim o fazia. Com toda simplicidade e rutilância, desenhava palavras com sossego. Palavras que faziam o meu dia mais saboroso.
Não só o meu...
Encantava as pessoas que se aproximavam, ou, elas se aproximavam porque já estavam encantadas.
Seu olhar de amor sempre me chamou a atenção. Um olhar que impulsiona seu próprio ser à vida, ou a atrai pra dentro de si. E me atrai pra perto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário