"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele Procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
20 dezembro 2011
23 novembro 2011
Já sentiu?
"A paixao é a erradicação da razão.
Quando você se apaixona, você fica dando voltas no quarteirão pra se sentir mais próximo.
Quando você se apaixona, faz as maiores burradas e tudo pode dar errado.
Mas se você não sofrer, você nunca saberá o quanto custa o amor."
(Autor [des]conhecido)
Quando você se apaixona, você fica dando voltas no quarteirão pra se sentir mais próximo.
Quando você se apaixona, faz as maiores burradas e tudo pode dar errado.
Mas se você não sofrer, você nunca saberá o quanto custa o amor."
(Autor [des]conhecido)
11 novembro 2011
Depois do Silêncio
Bom ouvir voce falar depois
e acalmar o espirito vagão
de hora em hora encho o prato
de razões sem nexo nem direção
a gente vê defeito no que se foi
e tenta evitar a repetição
mas se é mesmo o que já fiz
quem dirá o contrário do que é?
Me traz o café pra eu não dormir mal
e aceita a proposta que te fiz
me diz que vai resistir ao tempo ruim
faz de mim seu aprendiz
As palavras são as mesmas
mas a pronúncia se transformou
obrigado por ficar assim
fazer o dia sorrir ao me ver
a noite debruçar seu calor
tentando aquecer o frio em mim
ao desviar o olhar do vento
que nos espia da janela na cama
e acalmar o espirito vagão
de hora em hora encho o prato
de razões sem nexo nem direção
a gente vê defeito no que se foi
e tenta evitar a repetição
mas se é mesmo o que já fiz
quem dirá o contrário do que é?
Me traz o café pra eu não dormir mal
e aceita a proposta que te fiz
me diz que vai resistir ao tempo ruim
faz de mim seu aprendiz
As palavras são as mesmas
mas a pronúncia se transformou
obrigado por ficar assim
fazer o dia sorrir ao me ver
a noite debruçar seu calor
tentando aquecer o frio em mim
ao desviar o olhar do vento
que nos espia da janela na cama
Escrivaninha
Minha mesa bagunçada
virou organização
e o seu perfume na minha nuca
me faz querer de novo
o sorriso, o aperto
a corrida na contra-mao
o direito mal feito
das coisas sem direção
Feito gente pequena
que dá sinal
sem da boca retirar
o que nos olhos já se vê
Me banho das coisas
poucas que fiz
me dou conta do bem
que isso me traz
O quanto demora
para um dia passar
Resta querer
da memória utilizar
pra te ter aqui
pra fazer valer
aprender a sorrir
sem escola ter
e na escolha do tempo
eu prefiro você.
virou organização
e o seu perfume na minha nuca
me faz querer de novo
o sorriso, o aperto
a corrida na contra-mao
o direito mal feito
das coisas sem direção
Feito gente pequena
que dá sinal
sem da boca retirar
o que nos olhos já se vê
Me banho das coisas
poucas que fiz
me dou conta do bem
que isso me traz
O quanto demora
para um dia passar
Resta querer
da memória utilizar
pra te ter aqui
pra fazer valer
aprender a sorrir
sem escola ter
e na escolha do tempo
eu prefiro você.
05 novembro 2011
Melodia
Lembrar o ritmo pra saber o resto
saber a rima pra lembrar o verso
trazer para si o momento distante
daquele que foi criado e atirado à estante
estirado no chão de ataduras
memoriando seu passado
de prosas e loucuras
de tempo desatrelado.
saber a rima pra lembrar o verso
trazer para si o momento distante
daquele que foi criado e atirado à estante
estirado no chão de ataduras
memoriando seu passado
de prosas e loucuras
de tempo desatrelado.
21 setembro 2011
Estar
E o que eu sou
não confere
com aquilo que dizem
com aquilo que vejo
com aquilo que sinto
é a beleza da dúvida
que me lança ao mar
e a curva da curva
navegar, navegar.
não confere
com aquilo que dizem
com aquilo que vejo
com aquilo que sinto
é a beleza da dúvida
que me lança ao mar
e a curva da curva
navegar, navegar.
19 setembro 2011
12 setembro 2011
24 agosto 2011
O muro dos grafites
Deixou-se invadir pelo desconhecido
e percebeu que já não eram diferentes
por instantes os olhos podiam brilhar como nunca
Momentos fizeram-se cenas
Cenas grafitaram-se em lembranças
vez ou outra,
ainda são vistas nas paredes da memória.
e percebeu que já não eram diferentes
por instantes os olhos podiam brilhar como nunca
Momentos fizeram-se cenas
Cenas grafitaram-se em lembranças
vez ou outra,
ainda são vistas nas paredes da memória.
17 agosto 2011
Ah, agora sim
Agora sim, as palavras têm seus destinos certos
ou são lançadas para um vento que vem do norte
do sul
de fora
daqui.
Agora sim, a pena pode voar para onde lhe for mais interessante
ou calmo
ou não.
Mas agora sim o ar pode ser sentido
da cabeça
aos pés.
ou são lançadas para um vento que vem do norte
do sul
de fora
daqui.
Agora sim, a pena pode voar para onde lhe for mais interessante
ou calmo
ou não.
Mas agora sim o ar pode ser sentido
da cabeça
aos pés.
31 julho 2011
26 julho 2011
O homem das metades
Era uma vez um homem como outro qualquer. De vida monótona, com cara de cansaço e as manchas escuras abaixo dos olhos não negavam isso.
Mas em uma coisa se diferenciava dos demais [ou de alguns]: fazia tudo pela metade.
Acordava meio cansado, comia seu meio pão, meia xícara de café com meia colher de açúcar. Dizia meias palavras, meios sentidos, meios sentimentos. Não se deixava invadir pelo completo, era sempre metade.
Quando olhava, enxergava só uma parte das coisas, ouvia um pedaço dos sons, e partia-se ao meio. Meio com medo, partia-se. Partia.
Mas em uma coisa se diferenciava dos demais [ou de alguns]: fazia tudo pela metade.
Acordava meio cansado, comia seu meio pão, meia xícara de café com meia colher de açúcar. Dizia meias palavras, meios sentidos, meios sentimentos. Não se deixava invadir pelo completo, era sempre metade.
Quando olhava, enxergava só uma parte das coisas, ouvia um pedaço dos sons, e partia-se ao meio. Meio com medo, partia-se. Partia.
09 julho 2011
E depois?
E se eu não estiver mais aqui?
se eu olhar para trás e você estiver distante?
Distante demais para poder ouvir o que você diz
o que sempre quis escutar, mas voce nunca falou
e deixou pra depois achando que eu estaria aqui.
se eu olhar para trás e você estiver distante?
Distante demais para poder ouvir o que você diz
o que sempre quis escutar, mas voce nunca falou
e deixou pra depois achando que eu estaria aqui.
08 julho 2011
Encostada na janela
Quando o Sol se esconder
e o mundo todo se fizer em movimento
como um tapete a rolar sob os pneus
O brilho da Lua se refletirá em meus olhos
e eu estarei olhando para o céu estrelado.
e o mundo todo se fizer em movimento
como um tapete a rolar sob os pneus
O brilho da Lua se refletirá em meus olhos
e eu estarei olhando para o céu estrelado.
02 julho 2011
De olhos fechados
Há dias em que acordo cedo
há dias em que acordo tarde
outros em que nem acordo.
Levanto e continuo sonhando
o sonho da noite passada
o sonho que passou.
Tento fazer acordos com a mente
e com o mundo
mas eles não me ouvem.
E permaneço desacordada.
há dias em que acordo tarde
outros em que nem acordo.
Levanto e continuo sonhando
o sonho da noite passada
o sonho que passou.
Tento fazer acordos com a mente
e com o mundo
mas eles não me ouvem.
E permaneço desacordada.
30 junho 2011
Passos
Acho que então seguirei assim
meio sem rumo, sem direção
na contramão
sem exatidão
meio que
meio.
meio sem rumo, sem direção
na contramão
sem exatidão
meio que
meio.
23 junho 2011
15 junho 2011
De você, restarão [multiplicarão] os perfumes
Vou pegar as mais lindas coisas
e guardá-las numa caixinha
para delas poder fazer perfumes
os quais vou espalhar por aí
durante toda a minha jornada.
e guardá-las numa caixinha
para delas poder fazer perfumes
os quais vou espalhar por aí
durante toda a minha jornada.
13 junho 2011
Minhas pequenas grandes coisas
Coisas pequenas
que me são como grandes
voce não vê o que digo
não pára pra ouvir o que mostro
chamando de futilidade
essa própria "pequenez" dos atos
coisas pelas quais eu luto tanto
me olhe e perceba que eu não sou mais
nem menos
mas luto sim por aquilo que amo.
que me são como grandes
voce não vê o que digo
não pára pra ouvir o que mostro
chamando de futilidade
essa própria "pequenez" dos atos
coisas pelas quais eu luto tanto
me olhe e perceba que eu não sou mais
nem menos
mas luto sim por aquilo que amo.
10 junho 2011
Correntes
Vamos sair, andar por ai sem rumo direção, constância
nada que nos leve a um lugar datado, taxado, planejado.
Vamos nos expressar, anunciar o grito de quem dormia
que não consegue mais manter-se no mesmo ritmo inerte
e não quer mais viver como o fazia.
Vamos ao achado, ao brilho da descoberta,
à saciação das vontades explícitas
Com o desejo ardente, pungente na pele de quem se acorrenta
Fantasiando atender necessidades ilícitas.
nada que nos leve a um lugar datado, taxado, planejado.
Vamos nos expressar, anunciar o grito de quem dormia
que não consegue mais manter-se no mesmo ritmo inerte
e não quer mais viver como o fazia.
Vamos ao achado, ao brilho da descoberta,
à saciação das vontades explícitas
Com o desejo ardente, pungente na pele de quem se acorrenta
Fantasiando atender necessidades ilícitas.
09 junho 2011
Ofuscamento e descanso
Descolando os óculos da face
desbotando a cor e a nitidez da tela
desmembrando partes, artes, cenas
Vendo o mundo numa cela.
desbotando a cor e a nitidez da tela
desmembrando partes, artes, cenas
04 junho 2011
Escuta [2]
Escuta a mim, nem que for o meu silêncio,
nem que for o meu choro,
o meu suspiro.
Escuta o que eu tenho pra te dizer
Escuta o que eu faço
...o que eu mostro
o que eu me mostro ser
pra voce
Feito vento
Quantas vezes você esperou por alguma pessoa
que realmente valesse a pena?
Cada palavra tua
mostra o quanto a distância é insuportável
E a força que me arrasta
é a mesma da minha canção
e a força que me isola
me consola na contra mão.
É aquela que apenas quer
me levar para perto de você.
que realmente valesse a pena?
Cada palavra tua
mostra o quanto a distância é insuportável
E a força que me arrasta
é a mesma da minha canção
e a força que me isola
me consola na contra mão.
É aquela que apenas quer
me levar para perto de você.
03 junho 2011
A Menina dos Esparadrapos
A menina dos esparadrapos acorda todo dia sem saber para onde ir,
sem saber o porque de acordar.
Faz força suficiente para que o lençol fique posto sobre a cama de mal jeito.
O cafe sem sabor de todas as manhas toma aos goles apressados. O relógio soa seu vai e vem, e o tempo mais vai do que vem.
No instante em que fecha a porta, os sons dos carros lhe mostram o atraso. E a turbulência toma conta do tráfego nas ruas.
Rua feito formigueiro não retrata o deserto de sua vida, de seu corpo.
Corpo de gente.
Que se machuca, se arranha, é arranhado, é arrastado.
(...)
Estação de rádio sintonizada.
A música não parece boa, mas aparece.
O Sol não aquece.
E ela se esquece das feridas por baixo dos esparadrapos.
sem saber o porque de acordar.
Faz força suficiente para que o lençol fique posto sobre a cama de mal jeito.
O cafe sem sabor de todas as manhas toma aos goles apressados. O relógio soa seu vai e vem, e o tempo mais vai do que vem.
No instante em que fecha a porta, os sons dos carros lhe mostram o atraso. E a turbulência toma conta do tráfego nas ruas.
Rua feito formigueiro não retrata o deserto de sua vida, de seu corpo.
Corpo de gente.
Que se machuca, se arranha, é arranhado, é arrastado.
(...)
Estação de rádio sintonizada.
A música não parece boa, mas aparece.
O Sol não aquece.
E ela se esquece das feridas por baixo dos esparadrapos.
Retrato
A menina dos esparadrapos
dos trapos
que junta os cacos
refaz o retrato
e atira seu jogo sujo
na pia da cozinha
junto ao pratos
e ratos
imundos
nos ralos do mundo...
...interno.
dos trapos
que junta os cacos
refaz o retrato
e atira seu jogo sujo
na pia da cozinha
junto ao pratos
e ratos
imundos
nos ralos do mundo...
...interno.
02 junho 2011
Mosca
E a fala vai se tornando muda
e o que muda não muda com a gente
sem gosto, sem som
A boca aberta
mostra a mosca morta
na vontade discreta
concreta no que se conta
[na vontade concreta
discreta no que se conta]
e o que muda não muda com a gente
sem gosto, sem som
A boca aberta
mostra a mosca morta
na vontade discreta
concreta no que se conta
[na vontade concreta
discreta no que se conta]
Não só
Sou alegria, mas também tristeza
agonia, porém fortaleza
fraqueza que se junta a dissolução
calmaria e solidão.
agonia, porém fortaleza
fraqueza que se junta a dissolução
calmaria e solidão.
18 maio 2011
Andarilho
Por que eu nao posso ter um dia de melancolia?
Por que eu não quero ser o único na multidão?
Eu vejo que talvez seja nossa sina
um fardo pesado carregado junto ao chão
Eu não vejo os olhos saltarem à imaginação
Nem me encontro num mundo real
Minha boca cessa o desejo feito inspiração
Meu corpo esgota o cansaço desleal
Tão quente de repente se sente
Ave de rapina querendo mal
Tão à frente da mente indigente
Ave de rapina cheirando mal
Nas mãos aquilo que me foge
Nos pés só resta o que me escapa
Os dias de andarilho que não pode
escupir a vida que o retrata
Meus olhos cegos sabem
a dor da luz relembrando o céu
Tão quente de repente se sente
Ave de rapina querendo mal
Tão à frente da mente indigente
Ave de rapina cheirando mal
[Amanda Druzian Stuck]
Por que eu não quero ser o único na multidão?
Eu vejo que talvez seja nossa sina
um fardo pesado carregado junto ao chão
Eu não vejo os olhos saltarem à imaginação
Nem me encontro num mundo real
Minha boca cessa o desejo feito inspiração
Meu corpo esgota o cansaço desleal
Tão quente de repente se sente
Ave de rapina querendo mal
Tão à frente da mente indigente
Ave de rapina cheirando mal
Nas mãos aquilo que me foge
Nos pés só resta o que me escapa
Os dias de andarilho que não pode
escupir a vida que o retrata
Meus olhos cegos sabem
a dor da luz relembrando o céu
Tão quente de repente se sente
Ave de rapina querendo mal
Tão à frente da mente indigente
Ave de rapina cheirando mal
[Amanda Druzian Stuck]
22 março 2011
17 março 2011
No vento
Vejo o tempo passar
da minha janela
da porta aberta
O tempo no vento
na copa das árvores
E o nosso momento
Os nossos encontros
Permanecem os mesmos
[quase os mesmos]
No tempo que me leva
ao movimento
de aproximação constante
que nos traz p'ra perto.
da minha janela
da porta aberta
O tempo no vento
na copa das árvores
E o nosso momento
Os nossos encontros
Permanecem os mesmos
[quase os mesmos]
No tempo que me leva
ao movimento
de aproximação constante
que nos traz p'ra perto.
28 janeiro 2011
Faxina de Ano novo
Embalar o pó em sacos plásticos e entregar as roupas velhas, mal cheirosas e não mais amadas às cestas das casas das ruas nas sextas.
Tocar o limbo e sentir nojo do que já foi. E num sentimento perverso, destruir qualquer fonte de memória das coisas.
Trocar a casa, o quarto, a cozinha, o banheiro, a toalha, o chinelo, a pessoa.
As pessoas então já não servem, não como as são.
Voltar o rosto para o lado oposto da sujeira, para não enxergar o pó e as teias de aranha.
Para não enxergar as latinhas amassadas e tapar o nariz para não sentir o odor dos dias imundos, o odor de lugares por onde passa, ou de lugares por onde passam as outras pessoas.
Eis a capacidade de revidar a vergonha e evitar aquilo que não se quer ver.
E sempre acabar jogando a poeira para baixo do tapete.
Tocar o limbo e sentir nojo do que já foi. E num sentimento perverso, destruir qualquer fonte de memória das coisas.
Trocar a casa, o quarto, a cozinha, o banheiro, a toalha, o chinelo, a pessoa.
As pessoas então já não servem, não como as são.
Voltar o rosto para o lado oposto da sujeira, para não enxergar o pó e as teias de aranha.
Para não enxergar as latinhas amassadas e tapar o nariz para não sentir o odor dos dias imundos, o odor de lugares por onde passa, ou de lugares por onde passam as outras pessoas.
Eis a capacidade de revidar a vergonha e evitar aquilo que não se quer ver.
E sempre acabar jogando a poeira para baixo do tapete.
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