Deveríamos
descobrir um novo mundo todos os dias, feito Izabella. Cada toque é um tatear
diferente por superfícies ásperas, lisas, macias, ou quaisquer que fossem menos
ou mais belas.
Assim
como o vermelho chega primeiro aos olhos, Izabella chega primeiro a cada um de
nós.
-
Ai, deixa eu apertar essa bochecha gostosa! – O choro ecoando, disseminando a
voz.
A distração pelas cores torna a
facilitar o fim da gemidinha manhosa. O gesto, o riso feito, o apertão, na
bunda, de mal jeito.
- Deixa a criança em paz
Madalena!
- Oxe! Eu só queria brincar um
pouquinho com ela!
Carinha de quem não sabe, ou nos
tem muito a ensinar. Olha o céu como miragem, volta, ao movimento, o foco
encontrar. Avião, paraquedas,
ventilador, estilhaço.
- Comigo ela só chora. Não sei
mais o que faço!
- Aquieta e descobre com ela um
pouquinho do tempo perdido.
Os dedos na boca e tudo o mais
de importante, o pai fica bobo com tanto sentimento parido.
Chorinho que vira
samba, mas não passa de uma bela manha. No colo da tia se empurra, a mãe, que
já sabe, continua a nem dar bola. O samba em pagode se transmuta e pro colo da mãe
Izabella retorna.
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